segunda-feira, 19 de julho de 2010

Aula 16: Erik Erikson

Nasceu na Alemanhã, era judeu, estudou psicanálise e fez análise com Freud. Estudou antropologia e atuou com indígenas. Para ele o tema central da personalidade é a busca da identidade do ego. Sua teoria supera Freud (que se concentrou apenas no inconsciente). Erikson diz que em várias culturas o ciclo de desenvolvimento é comum.

A formação da personalidade depende de três organizações que se complementam independente da ordem que se apresentam:
- Biológico (soma)
- Psicológico (síntese do ego que organiza a experiência individual) (Psiquê).
- Social (etos)

Ciclo vital
Ele pegou as fases da libido de Freud e socializou. Cada fase é uma aquisição que o indivíduo deve realizar em sua interação com o mundo. Em cada fase tem uma crise que deve-se resolver e nestas escolhas forma-se a personalidade.

Oral-sensorial (0-2 anos) (Freud: Oral) (Crise: confiança básica X desconfiança)
A modalidade básica do comportamento é a incorporação (tomada de posse da atenão e experiência do outro). A atitude psicossocial básica é aprender se pode confiar no mundo, representado pela mãe (correspondência entre necessidade e satisfação) a desconfiança é importante para a prontidão para o perigo. Pouca frustração (imagem distorcida, configuraçaõ falsa do mundo, otimismo exagerado e pouco preparo para enfrentar o futuro). Muita frustração (excesso de desconfiança, inibição, redução da auto-estima).

Locomotora-genital (2-3 anos) (Freud: anal) (Crise: autonomia X vergonha e dúvida)
O eu é separado das outras coisas e é fase de se auto-afirmar (fase das birras e desobediencia). Os pais precisam promover autonomia dando limites, se forem ridicularizadas se tornam inseguras (dúvida). Dúvida exagerada (inibição, inadaptação) ausencia de vergonha ou dúvida (autonomia é ineficaz pela rejeição social que provoca).

Locomotora-genital (4-5 anos) (Freud: fálica) (Crise: iniciativa X culpa)
Idade do brincar, fantasia e exploração. A conduta social básica é tirar vantagem, associar-se de quem é respeitado. O desafio e protesto dá lugar ao planejar e fazer coisas por si mesmo. Fase do porquê. Para ter livre iniciativa deve se submeter a regras sociais para ser aceito. A criança deve ter pequenas responsabilidades e limites firmes para que a quebra de regras não gere muita culpa. Deve-se valorizar o que a criança sabe fazer e não o seu fracasso. Ela sente culpa quando não satisfaz a expectativa dos adultos.

Latência (6-12 anos) (Freud: latência) (Crise: indústria X inferioridade)
Pertence a grupo de iguais. Deve ser estimulado a produzir (senso de inferioridade ao comparar-se com iguais). Escolarização, quer reconhecimento social.

Adolescência (12-18 anos) (Freud: Genital) (Crise: identidade X confusão de papéis)
Quer ser reconhecido como adulto e permanecer criança, para entrar no mundo dos adultos precisa resolver dilema vocacional, emancipar-se da família, relação satisfatória com o sexo oposto e conquistar a própria identidade. Desenvolvimento corporal afeta a auto-estima e pressão social para tomar uma posição faz com que fique irritadiço e mau-humorado tendo manifestações emocionais imprevisiveis. A formação da identidade não termina na adolescência.

Adulto jovem (18-30 anos) (Crise: identidade X isolamento)
Já tem identidade formada e busca fundi-la com a dos outros, relações duradouras, se tiver medo de perder sua identidade nas fusões pode isolar-se.

Idade adulta (30-60 anos) (Crise: geratividade X estagnação)
Precisa se sentir útil para a sociedade.

Maturidade (acima 60 anos) (Crise: integridade do ego X desesperança)
Sentem-se integrados (pelas fases anteriores) mas temem a morte e abandono.

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